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Preconceito e polarização prejudica o terceiro setor (ONGs)

Como o discurso de polarização e o preconceito afetam o trabalho social?. Algo tão nobre que pode ser transformado em algo nefasto.


A polarização política tem sido uma característica marcante dos tempos atuais, permeando diferentes aspectos da sociedade. Nesse contexto, as organizações do terceiro setor, ainda no Brasil conhecidas como organizações não governamentais (ONGs), muitas vezes envolvidas em ações sociais e defesa de direitos, têm enfrentado desafios decorrentes do preconceito que as taxam como organizações políticas.


O papel do terceiro setor.

O Terceiro Setor desempenha um papel fundamental como agente de transformação social. Suas características distintas e sua capacidade de atuação em áreas negligenciadas pelo setor público e privado possibilitam a abordagem de questões sociais complexas e a promoção de mudanças significativas.

  1. Suprir lacunas deixadas pelo Estado: O Terceiro Setor atua em áreas onde o Estado nem sempre consegue fornecer serviços adequados. Isso inclui apoio a comunidades carentes, assistência a grupos vulneráveis, promoção da educação, saúde, meio ambiente, cultura, entre outros setores.

  2. Inovação e Flexibilidade: Organizações do Terceiro Setor têm a capacidade de desenvolver abordagens inovadoras e flexíveis para enfrentar problemas sociais complexos. Elas podem testar novas soluções, adaptar-se rapidamente às necessidades em mudança e buscar abordagens alternativas, muitas vezes fora dos moldes burocráticos.

  3. Participação e Empoderamento: O Terceiro Setor envolve a comunidade em seus projetos e programas, promovendo a participação ativa das pessoas afetadas pelos problemas sociais. Isso fortalece o senso de pertencimento, capacitação e engajamento cívico, permitindo que as próprias comunidades se tornem agentes de mudança.

  4. Defesa de Direitos: Organizações do Terceiro Setor têm um papel crucial na defesa de direitos humanos, inclusão social, igualdade de gênero, justiça social e proteção ambiental. Elas atuam como vozes da sociedade civil, pressionando por políticas públicas mais justas e equitativas.

  5. Colaboração e Parcerias: O Terceiro Setor tem a capacidade de estabelecer parcerias com outros setores, como empresas e governos, para alcançar objetivos comuns. Essa colaboração amplia o alcance e a eficácia das ações, permitindo uma abordagem integrada e holística para a transformação social.


Preconceito, polarização e as causas disso.


O Terceiro Setor enfrenta diversos desafios decorrentes do preconceito e da polarização política, que prejudicam sua atuação e impacto social de várias maneiras:

  1. Desconfiança e estigma: O preconceito em relação ao Terceiro Setor muitas vezes resulta em desconfiança por parte da sociedade. Organizações podem ser vistas como politicamente tendenciosas, levando à desvalorização de seu trabalho e à diminuição do apoio da comunidade.

  2. Restrição de recursos: A polarização política pode afetar o financiamento de organizações do Terceiro Setor. Governos e doadores privados podem redirecionar recursos com base em suas afinidades políticas, deixando de investir em iniciativas que não estão alinhadas com suas ideologias, mesmo que essas iniciativas tenham impacto social relevante.

  3. Dificuldade de parcerias: A polarização política pode criar obstáculos para o estabelecimento de parcerias com outros setores, como governos e empresas. O alinhamento político pode se tornar um pré-requisito, o que limita a colaboração e o potencial de sinergias entre diferentes atores sociais.

  4. Restrições legislativas: Em alguns casos, a polarização política pode levar à criação de leis e regulamentações que impõem restrições excessivas às atividades do Terceiro Setor. Isso pode resultar em burocracia excessiva, limitação da liberdade de expressão e dificuldade para implementar projetos sociais.

  5. Divisões internas: A polarização política pode infiltrar-se dentro das próprias organizações do Terceiro Setor, criando divisões internas e prejudicando a colaboração e o trabalho em equipe. Isso pode enfraquecer a eficácia e a unidade da organização na busca por seus objetivos sociais.

Como reverter esse cenário? Construindo pontes.



Tanto o Terceiro Setor quanto a sociedade em geral podem desempenhar um papel crucial na redução da polarização e preconceito contra o Terceiro Setor. Um primeiro passo se relaciona com a educação e conscientização, aonde o próprio terceiro setor promove a educação sobre o papel e a importância do Terceiro Setor na sociedade, destacando suas realizações e impacto social positivo. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização, divulgação de histórias de sucesso e compartilhamento de informações precisas sobre o trabalho das organizações do Terceiro Setor.

  1. Diálogo inclusivo: Incentivar o diálogo aberto e respeitoso entre diferentes atores sociais, incluindo representantes do Terceiro Setor, governos, empresas e a sociedade em geral. Isso permite a compreensão mútua, a construção de pontes e a busca por soluções conjuntas para desafios sociais.

  2. Parcerias estratégicas: Promover parcerias entre organizações do Terceiro Setor, setor público e setor privado com base em objetivos comuns e valores compartilhados. Essas parcerias podem fortalecer o trabalho conjunto, superar diferenças políticas e ampliar o impacto social.

  3. Transparência e responsabilidade: Organizações do Terceiro Setor devem ser transparentes em suas ações e prestar contas de suas atividades, mostrando resultados concretos e o impacto positivo que geram na sociedade. Isso contribui para a construção de confiança e a superação de estereótipos associados à política partidária.

  4. Engajamento cívico: Encorajar a participação ativa da sociedade nas atividades do Terceiro Setor, seja como voluntários, doadores ou defensores das causas sociais. O engajamento cívico fortalece a legitimidade e a influência das organizações do Terceiro Setor, além de promover uma sociedade mais solidária e participativa.

  5. Advocacy e defesa de direitos: Promover a defesa de direitos e ações de advocacy para sensibilizar os formuladores de políticas públicas sobre as necessidades e importância do Terceiro Setor. Isso envolve a participação em debates públicos, a elaboração de propostas de políticas e a defesa de marcos legais favoráveis ao trabalho das organizações do Terceiro Setor.


O que nós, sonhamos e fazemos?



Aqui na Fábrica dos Sonhos, criamos um ambiente sempre acolhedor e convidativo a pluralidade de ideias, ideologias e pensamentos. Nosso objetivo é garantir o direito de sonhar para todas as pessoas.


Obviamente há também limitações, não cedemos as ameaças que busquem retirar direitos, ou que firam direitos de minorias. A liberdade de expressão não pode nos confundir com a infração de leis, e isso temos como uma regra organizacional. Nosso trabalho é focado em garantir mais direitos, sempre mais direitos para todas as pessoas, inclusive os mais vulneráveis. A polarização e o preconceito não possuem espaço quando há diálogo com ética, amor e ferramentas para que discursos possam sair do papel e se transformar em reais ações para a transformação do nosso planeta.


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Texto: Herbert Santo de Lima

Herbert, mais conhecido como Herbie, é biólogo, mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela London School of Economics (LSE), especialista em sustentabilidade, jogos cooperativos e cultura de paz, e sonha em plantar seu próprio alimento.

A Fabrica dos Sonhos não se responsabiliza pela opinião dos autores.


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