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Devolver o direito de sonhar para as crianças é urgente

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Desde cedo, as crianças aprendem a sonhar — mas também aprendem, infelizmente, até onde podem ir com seus sonhos.

A infância é o território mais fértil para o imaginar. É quando o mundo ainda é um espaço de possibilidades infinitas, quando ser astronauta, médica, cientista, agricultora ou prefeita parece igualmente possível. No entanto, pesquisas mostram que esse horizonte começa a se estreitar cedo demais.


O que é o Dream Gap

O termo Dream Gap foi cunhado por pesquisadores que observaram algo preocupante: por volta dos 5 a 7 anos de idade, muitas meninas começam a duvidar de sua própria capacidade. Elas passam a acreditar que são menos inteligentes ou menos aptas que os meninos para certas profissões, especialmente aquelas ligadas à ciência, liderança e inovação.

Essa diferença de percepção não nasce do acaso. Ela é fruto de estereótipos culturais, falta de representatividade e modelos de sucesso que, desde a infância, mostram que certos espaços “não são para elas”.

O Dream Gap é, portanto, o nome de uma ferida invisível: o momento em que o sonho deixa de parecer possível.


É aqui que entra o Direito de Sonhar — uma proposta nascida no Brasil e que hoje se transforma em movimento global.

Defender o direito de sonhar é reconhecer que imaginar o próprio futuro deve ser um direito humano universal, tão essencial quanto o direito à educação ou à dignidade.

Porque sem sonho, não há projeto de vida.Sem projeto de vida, não há transformação.

O Movimento Direito de Sonhar propõe que governos, escolas e famílias protejam e estimulem o imaginário das crianças, garantindo tempo, espaço e condições para que elas possam se ver em futuros diversos — como cientistas, artistas, agricultoras, programadoras, líderes ou o que quiserem ser.


Sonhar também é política pública

Sonhar é um ato social e político.Por isso, quando uma menina deixa de sonhar em ser engenheira, ou um menino desiste de ser bailarino por medo de julgamento, a sociedade inteira perde.

Políticas públicas podem — e devem — enfrentar o Dream Gap. Alguns caminhos possíveis:

  • Educação com representatividade: incluir no currículo exemplos de mulheres, pessoas negras, indígenas e periféricas que transformaram suas áreas de atuação.

  • Espaços seguros de expressão: garantir que toda criança possa se expressar sem medo de ridicularização.

  • Formação de educadores: sensibilizar professores e cuidadores para identificar e desconstruir estereótipos desde cedo.

  • Projetos comunitários e culturais: promover vivências onde o sonho seja celebrado como parte do aprendizado.


Quando uma criança é convidada a sonhar, algo extraordinário acontece. Ela se torna sujeito de mudança, capaz de desenhar futuros — não apenas para si, mas para o mundo. Ela impacta todo seu redor.

Proteger o direito de sonhar é, portanto, proteger a semente da humanidade.É garantir que cada menina e cada menino, independentemente de onde nasçam, tenham a oportunidade de acreditar: “eu posso.”

Porque o sonho não é luxo.É necessidade.E é tempo de tratá-lo como tal.


Quer conhecer mais sobre o Direito de Sonhar? www.instagram.com/realizecomafabrica e www.instagram.com/outromundoepossivel


Artigo escrito por Myrian Castello (@outromundoepossivel)

 
 
 

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