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Danças Circulares Sagradas e Paz

Atualizado: 5 de dez. de 2023


As Danças Circulares Sagradas são uma expressão milenar que transcende fronteiras culturais, unindo povos em uma dança harmoniosa que vai muito além do simples movimento físico. Originárias de diversas tradições espirituais ao redor do mundo, essas danças têm desempenhado um papel significativo na promoção da paz, da comunhão e da espiritualidade.



Origens Ancestrais:

A prática de dançar em círculo remonta a tempos antigos, encontrando-se em rituais e cerimônias de diversas culturas. A ideia central é criar uma união simbólica entre os participantes, estabelecendo uma conexão profunda com o divino e promovendo a harmonia entre os seres humanos e com a natureza.

Na Índia, por exemplo, as danças circulares são uma parte integral das tradições religiosas hindus, simbolizando a união cósmica. Na Grécia antiga, as danças corais eram uma forma de homenagear os deuses e celebrar a vida em comunidade.


Bernhard Wosien e a Renovação Contemporânea:


No século XX, um nome que se destaca na revitalização e disseminação das Danças Circulares Sagradas é o de Bernhard Wosien. Este visionário alemão, bailarino e coreógrafo, introduziu o conceito moderno dessas danças, conectando-as às tradições espirituais e folclóricas de diferentes partes do mundo.

Wosien, após experiências profundas na Grécia, onde participou de rituais locais, desenvolveu um método para trazer essas tradições ancestrais para um contexto contemporâneo. Suas contribuições não apenas popularizaram as Danças Circulares, mas também as tornaram acessíveis a pessoas de diversas origens e crenças.



Expoentes Mundiais:

Além de Wosien, outros nomes têm desempenhado papéis fundamentais na difusão global das Danças Circulares Sagradas. Notáveis entre eles incluem Anna Barton, que contribuiu significativamente para a expansão da prática na Europa, e Laura Shannon, que trouxe sua abordagem única e feminina para as danças.

Na Turquia, a dançarina Guler Orgun, conhecida por suas performances inspiradoras, e em Israel, Ruthy Alon, que incorpora movimentos da dança circular em sua abordagem somática.



Danças Circulares no Brasil:

No Brasil, as Danças Circulares Sagradas ganharam espaço nas últimas décadas, com uma comunidade crescente de praticantes. Nomes como Claudio Bertode, que dedicou sua vida a ensinar e disseminar essas danças pelo país, e Giselle Habib-Rittner, que combina elementos da cultura brasileira em suas coreografias, são expoentes notáveis.


As Danças Circulares Sagradas têm encontrado solo fértil no Brasil, onde a riqueza cultural e espiritual do país se entrelaça de maneira harmoniosa com essa prática milenar. Ao longo das últimas décadas, diversas oficinas têm emergido, proporcionando aos brasileiros a oportunidade de vivenciar a magia, a conexão e a paz que as Danças Circulares oferecem.

Diversidade Cultural: O Brasil, conhecido por sua diversidade étnica e cultural, tem sido um cenário vibrante para a expansão das Danças Circulares. Nestas oficinas, pessoas de diferentes origens étnicas, crenças religiosas e experiências de vida se unem em círculo, celebrando a riqueza da diversidade cultural do país.

Principais Tipos de Danças Circulares Brasileiras:

  1. Ciranda: Originária da região Nordeste, a ciranda é uma dança animada e festiva, com influências africanas. Os participantes formam um círculo, movendo-se ao som de músicas alegres e envolventes. A ciranda é uma celebração da comunidade e da alegria de viver.

  2. Carimbó: Originário do Pará, o carimbó é uma dança folclórica que combina movimentos sensuais com ritmos cativantes. Os participantes, em círculo, dançam ao som de tambores e instrumentos percussivos, expressando a energia e a vitalidade da cultura amazônica.

  3. Maracatu: Surgido em Pernambuco, o maracatu é uma manifestação cultural que incorpora dança, música e teatro. Com elementos de origem africana, o maracatu é uma celebração ritualística que frequentemente acontece em cortejos durante festividades populares.

  4. Coco de Roda: Originário do Nordeste, o coco de roda é uma dança tradicional que mistura elementos africanos e indígenas. Os participantes formam um círculo e batem os pés no chão ao som de músicas que narram histórias e tradições locais.

  5. Samba de Roda: Originário da Bahia, o samba de roda é uma expressão cultural que combina dança, música e poesia. Os participantes dançam em círculo ao som de instrumentos tradicionais, transmitindo a alegria contagiante do samba.

Oficinas como Pontos de Conexão: As oficinas de Danças Circulares no Brasil não apenas oferecem uma oportunidade de experimentar essas danças ancestrais, mas também servem como pontos de conexão entre as pessoas, fortalecendo os laços comunitários e promovendo a paz interior. Através da simplicidade dos movimentos e da união em círculo, as oficinas proporcionam uma experiência enriquecedora, conectando os participantes não apenas uns com os outros, mas também com as raízes profundas da cultura brasileira. Participar de uma oficina de Danças Circulares no Brasil é imergir em um universo de movimentos, ritmos e histórias que refletem a riqueza cultural e espiritual do país, promovendo a celebração da diversidade e a busca pela harmonia coletiva.


Oficinas de Dança da Fábrica dos Sonhos Na Fábrica dos Sonhos temos diversas oficinas de danças circulares. Um de nossos instrutores é Herbert Santo de Lima. Herbert Lima não é apenas um instrutor de Danças Circulares; é um apaixonado defensor da cultura de paz e da união através da expressão corporal. Sua dedicação incansável à prática e sua busca incessante pela disseminação da cultura de paz são testemunhos de seu comprometimento inabalável.

Com uma sólida formação acadêmica, Herbert possui uma Pós-Graduação em Jogos Cooperativos e Cultura de Paz, o que reflete seu profundo entendimento não apenas das danças circulares, mas também do papel transformador que essas práticas podem desempenhar na construção de um mundo mais harmonioso.

Herbert Lima desempenhou um papel fundamental como ex-presidente da Associação Brasileira de Organizadores de Festivais de Folclore e Artes Populares, demonstrando sua liderança e visão na promoção das tradições culturais e na valorização da diversidade. Como Guerreiro Sem Armas, título conferido a ele, Herbert abraça uma abordagem única para promover a paz, utilizando as Danças Circulares como ferramenta para conectar corações e mentes. Sua década de experiência como facilitador de processos circulares é marcada não apenas pela maestria técnica, mas também pela paixão visível em cada movimento, incentivando os participantes a se entregarem à experiência de forma autêntica.

Como membro ativo da rede Mayors for Peace, Herbert contribui para iniciativas globais que visam construir um mundo mais pacífico e sustentável. Além disso, sua integração no Board of Directors da Culture of Peace News Network reforça seu papel como um agente de mudança global, utilizando a dança e a cultura como instrumentos para promover a paz e a compreensão.

Herbert Lima não apenas ensina danças; ele cria um espaço sagrado onde as pessoas podem se conectar consigo mesmas, com os outros e com o mundo ao seu redor. Sua jornada é impulsionada pela convicção de que, através da dança, podemos transcender barreiras e construir pontes para um futuro mais pacífico e harmonioso. Participar de uma oficina conduzida por Herbert é mais do que uma experiência de movimento; é uma jornada rumo à paz interior e à compreensão mútua.



----- *BONUS*

Danças Circulares do Workshop de Danças Circulares SHETLAND A Shetland é uma dança tradicional escocesa, frequentemente realizada em casamentos como uma forma de celebrar a união do casal. Esta dança é conhecida por ser uma dança circular, onde os participantes formam um círculo e executam movimentos específicos ao som de música tradicional escocesa. A Shetland é particularmente popular nas Ilhas Shetland, um arquipélago no norte da Escócia, onde a tradição cultural escocesa é fortemente preservada. Essa dança é uma parte significativa das festividades de casamento nas ilhas e é executada com entusiasmo e alegria. Os participantes geralmente se unem em um círculo, muitas vezes segurando as mãos uns dos outros, simbolizando a união e a comunidade. A música que acompanha a Shetland é caracterizada por melodias animadas e ritmos pulsantes, o que adiciona uma atmosfera festiva à dança. A coreografia da Shetland pode ser simples ou mais complexa, dependendo da tradição local e da preferência dos dançarinos. A Shetland não apenas serve como uma forma de celebração em casamentos, mas também como uma expressão cultural e uma maneira de preservar as tradições folclóricas. É uma oportunidade para a comunidade se reunir, compartilhar momentos alegres e fortalecer os laços culturais que conectam as gerações. Os dançarinos muitas vezes vestem kilts, saias, ou roupas típicas da região, contribuindo para a atmosfera festiva e reforçando a conexão com as raízes culturais. Em resumo, a Shetland é mais do que apenas uma dança em casamentos escoceses; é uma expressão viva da rica herança cultural das Ilhas Shetland e um meio pelo qual as comunidades celebram a alegria do casamento e preservam suas tradições únicas. Aqui um exemplo da coreografia mais comum: https://www.youtube.com/watch?v=I4kbGCIV_yQ




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